terça-feira, 31 de maio de 2011

"Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido." (Vinícius de Moraes)

"I'm beautiful in my way

'Cause God makes no mistakes." ♪

Tradução

"Eu sou linda à minha maneira pois Deus não comete erros." ♪

Enquanto isso no meu MSN...

Fulano diz: Oiiiii
Eu diz: Oiie
Fulano diz: Tudo bem?
Eu diz: Tudo e contigo?
Fulano diz: Vou bem. Novidades?
Eu diz: Nenhuma. E vcê tem?
Fulano diz: Também não.
(Fim da conversa)

O fato de eu falar palavrão,


não quer dizer que eu não sejα educαdα. Sou sim. Mαs é que de vez em quαndo, α euforiα ou α rαivα é tão grαnde, que só um ‘putα que pαriu’ resolve.


Eu falo três idiomas:


Sarcasmo, ironia e palavrão.


Você chega da escola,

se olha no espelho, e pensa, “eu fiquei assim a manhã toda?" '-'

Meu colégio?


Não tem armários fofinhos, caras bonitões, líderes de torcida, nem podemos ir de roupas normais, não tem festa uma vez por mês, nem bailes. Muito obrigado por me iludir, seriados americanos.

Pensei em afundar lentamente,

minha vida sempre ausente, nada para justificar!

Passei minha alma à escuridão, os olhos cheios de ilusão e o coração para se acalmar!
E como o vento veio displicente, te encontro tão carente... Ambos a se ajudar.

Vem a mim com esse riso cheio de malicia... Minha ingenuidade cínica, tudo só pra lhe perturbar!

Quando foi que você aprendeu a me amar? Quando foi que eu aprendi a te venerar?

Tudo era tão inocente, sem promessas sem amor envolvente sem nada para se acrescentar.

O que fazer agora? Prosseguir com toda a revolta ou parar de continuar?
 
Sei com você, tudo fica tolerável, meu corpo desejável, tendo alma para habitar.
 
Traga-me suas mãos quentes, abraça-me fortemente, faz-me flutuar!
 
Quero ouvir você sorrindo, me pedindo baixinho... Nunca pare de me amar!
 
E eu me entrego aos seus desejos, anseio os seus beijos e seus braços a me confortar!
 
O que fazer com tudo isso que sinto? Com o que eu me tornei?

Foi você... Foi só você! O que farei? Apenas o que eu quero ser deixe em mim.

Só você traz alegria pra mim! Ama-me... Apenas ama-me.
 
(Autor desconhecido)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

SER TEEN


Ser teen não é viver em uma montanha azulada: é muito mais! Ser teen é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, real ou virtual, provocasse uma tosse de riso irresistível. Ser teen é não usar pintura alguma, às vezes, e ficar de cara lambida, os cabelos desarrumados como se ventasse forte, o corpo todo apagado dentro de um vestidinho tão de propósito sem graça, mas lançando fogo pelos olhos. Ser teen é lançar fogo pelos olhos. É viver a tarde inteira, em uma atitude esquemática, a contemplar o teto, só para poder contar depois que ficou a tarde inteira olhando para cima, sem pensar em nada. É passar um dia todo descalça no apartamento da amiga comendo comida aquecida no microondas e queimar o céu da boca. Ser teen é ainda possuir Ipod próprio e perambular pelo shopping do bairro com um ar sonso-vagaroso, abraçada a uma porção de mp3 e jpegs coloridos. É dizer um palavrão precisamente no instante em que esse palavrão se faz imprescindível e tão inteligente e natural. É também falar maneiro e caracas com um timbre tão por cima das vãs agitações humanas, uma inflexão tão certa de que tudo neste mundo passa depressa e não tem a menor importância. Ser teen é poder usar aparelho ortodôntico como se fosse enfeite, como um adjetivo para o rosto e para o espírito. É esvaziar o sentido das coisas que transbordam de sentido, mas é também dar sentido de repente ao vácuo absoluto. É aguardar com paciência e frieza o momento exato de vingar-se da má amiga. É ter o MSN cheio de mensagens, recados que os símbolos dos caracteres especiais tornam misteriosos, anotações criptográficas sobre o tributo da natureza feminina, um blogger com uma sentença hermético escrita, toda uma biografia esparsa que pode ser atirada de súbito ao vento que passa. Ser teen é usar piercing. É telefonar muito, estendida no chão. É querer se passar por homem de vez em quando só para conversar nas salas masculinas de chats pela madrugada. Achar muito bonito um homem muito feio; achar tão simpática uma senhora tão antipática. É fumar um cigarro de bali na sacada do apartamento, pensando coisas brancas, pretas, vermelhas, amarelas. Ser teen é comparar o amigo mais baixo do pai a um modelo de celular, e a gente vai ver está certo: o amigo do pai parece um modelo de celular. É sentir uma vontade doida de tomar banho de mar de noite e sem roupa, completamente. É ficar eufórica à vista de uma cascata. Falar inglês sem saber verbos irregulares. É ter comprado numa com um vestidinho gozado e chique. É ainda ser teen, chegar em casa ensopada de chuva e dizer para a mãe que veio andando devagar para molhar-se mais. É ter saído um dia com uma rosa vermelha na mão, e todo mundo pensou com piedade que ela estava doidona. É ir sempre ao cinema, mas com um jeito de quem não espera mais nada desta vida. É ter uma vez bebido duas ices, quatro uísques, cinco taças de proseco e uma de vinho tinto seco sem sentir nada, mas ter outra vez bebido só meio cálice de vinho do Porto e ter dado um vexame modelo grande. É o dom de falar sobre futebol e política como se o presente fosse passado, e vice-versa. Ser teen é atravessar de ponta a ponta o salão da boate com uma indiferença mortal pelas mulheres presentes e ausentes. Ter estudado ballet e desistido, apesar de tantos telefonemas de Madame Saint-Quentin. Ter trazido para casa um gatinho magro que miava de fome e ter aberto uma lata de atum para o coitado. Mas o bichinho comeu o atum e morreu. É ficar pasmada no escuro da varanda sem contar para ninguém a miserável traição. Amanhecer chorando, anoitecer dançando. É manter o ritmo na melodia tecno dissonante. Usar o mais caro perfume de blusa grossa e jeans. Ter horror de gente morta, fantasmas, hackers e baratas. Ter compaixão de um só mendigo entre todos os outros mendigos da Terra. Permanecer apaixonada a eternidade de um mês por um webdsigner estrangeiro de quinta ordem. Eventualmente, ser teen é como se não fosse, sentindo-se quase a cair do galho, de tão amadurecida em todo o seu ser. É fazer marcação cerrada sobre a presunção incomensurável dos homens. Tomar uma pose, ora de soneto moderno, ora de minueto, sem que se dissipe a unidade essencial. É vasculhar e-mail de parentes, amigos, mestres e mestras com um ar sonso de quem nada vê, nada ouve, nada fala. Ser teen é adorar. Adorar o impossível. Ser teen é detestar. Detestar o possível. É acordar ao meio-dia com uma cara horrível, comer somente e lentamente uma fruta meio verde, e ficar só de shortinho telefonando até a hora do jantar, e não jantar, e ir devorar um hambúrguer no shopping só para ganhar o brinde, tão estranha é a vida sobre a Terra.

Adaptada por Edas Lopes Júnior (2006)


- Mãe. Vou sair

- Aonde você vai?
- Mãe, a professora disse que "sair" é verbo intransitivo, então não precisa de complemento, beijos.

Filho: Pai compra um carro?


Pai: Pra você?
Filho: Sim!
Pai: Filho, não tenho condições de te dar um carro.
Filho: Por favor, pai, eu faço qualquer coisa pra que o senhor compre um carro pra mim.
Pai: Tudo bem filho, não precisa fazer nada, eu comprarei um carro.
Filho: Obrigado pai, eu amo o senhor.
Pai: Também amo você filho.
Passaram-se 2 meses , chegou o aniversário de 19 anos do filho , e o filho feliz que ele iria ganhar o carro , já tinha tirado carta , já tinha dinheiro pra comprar o seguro e estava trabalhando pra manter o carro...
Filho: Pai, o senhor conseguiu comprar o carro?
O pai silencioso pegou um caixa que havia ali no canto e entregou para o filho.
O filho ansioso, pensou que as chaves do carro estaria dentro da caixa, ao abrir a caixa, notou uma coisa retangular como se fosse um livro.
O filho meio desconfiado abriu o papel de presente e lá estava uma bíblia.O filho decepcionado com o pai, devolveu o a bíblia aos pais. O filho não se dirigia ao pai.
Passado 2 semanas, o filho saiu de casa e foi morar no campo, seguiu sua vida profissional como advogado e pode comprar um carro de luxo, bonito, de rico, teve uma esposa linda e maravilhosa, filhos adoráveis e uma boa casa.
4 anos depois, o filho recebeu uma ligação da mãe avisando que seu pai tinha morrido com um problema no coração.
No enterro, o filho abraçou a mãe bem forte, ela silenciosa entregou a ele a bíblia que ele havia rejeitado a 4 anos atrás para guardar de recordação do seu pai.
Ele deixou a bíblia na sala, encima de uma escrivaninha. Deixou ela aberta chamando a atenção.
No dia seguinte ele pegou a bíblia para ver como que era, e notou que tinha caído algo no chão. Quando ele foi ver era um envelope com uma carta e um cheque. Na carta dizia: “Filho fiz o maior sacrifício para ver você feliz, economizei todo o meu dinheiro mas não quis comprar o carro, então deixei o dinheiro aqui para que você pudesse escolher o carro que você quisesse. Coloquei ele dentro de uma bíblia para que você seguisse um pouco a vida espiritual e que Deus abençoe você, que tenha uma boa família e que você tenha uma ótima vida. Com amor e paixão de seu pai e sua mãe”.
O filho com lágrimas nos olhos , e arrependimento deitou na cama e chorou a noite toda.

Moral da história: Bens materiais são importantes, mas Deus é em primeiro lugar.

domingo, 29 de maio de 2011

Mãe! Fui a uma festa,


e me lembrei do que você me disse. Você me pediu que eu não tomasse álcool, mãe… Então, ao invés disso, tomei uma ‘Sprite’. Senti orgulho de mim mesma, e do modo como você disse que eu me sentiria e que não deveria beber e dirigir. Ao contrário do que alguns amigos me disseram, fiz uma escolha saudável, e teu conselho foi correto.
E quando a festa finalmente acabou, e o pessoal começou a dirigir sem condições… Fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz. Eu nunca poderia imaginar o que estava me aguardando, mãe… Algo que eu não poderia esperar... Agora estou jogada na rua, e ouvi o policial dizer: ‘O rapaz que causou este acidente estava bêbado’… Mãe; sua voz parecia tão distante…
Meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou tentando com todas as minhas forças, não chorar… Posso ouvir os para-médicos dizerem: – ‘A garota vai morrer’. Tenho certeza de que o garoto não tinha a menor idéia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e dirigir, e agora tenho que morrer... Então por que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? E agora a dor está me cortando como uma centena de facas afiadas…
Diga a minha irmã para não ficar assustada, mãe! Diga ao Papai que ele seja forte. E quando eu for para o céu, escreva ‘Garotinha do Papai’ na minha sepultura. Alguém deveria ter dito aquele garoto que é errado beber e dirigir.
Talvez, se seus pais tivessem dito, eu ainda estaria com possibilidades de continuar viva. Minha respiração está ficando mais fraca, mãe, e estou realmente ficando com medo… Estes são meus momentos finais e me sinto tão despreparada! Eu gostaria que você pudesse me abraçar, mãe… Enquanto estou Estirada aqui, morrendo, eu gostaria de poder dizer que te amo, mãe! Então… Te amo e adeus…!

Essas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o repórter, anotando…

Leia e reflita...

Emily : Pode um coração

se partir depois de já ter parado de bater?

(A noiva cadáver)

Sou a única que...

Ao assistir "A noiva cadáver" pela primeira vez ficou torcendo para que o Victor terminasse com a Emily e se decepcionou quando ele casou com a Victoria?

Uma mensagem para as garotas

Eu não quero um abraço,


eu quero o seu abraço.


Eu não quero um beijo, eu quero o seu beijo.


Eu não quero um sorriso, eu quero o seu sorriso.


Eu não quero um cara, eu quero você. 

Havia um grande muro separando...


dois grandes grupos.
De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus.
E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco mais os prazeres do mundo.
O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:
– Ei, desce do muro agora... Vem pra cá!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada.
Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás:
– O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês?
Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:
– É porque o muro já é MEU! 

sábado, 28 de maio de 2011

Paraíso proibido (Strike)

Alice : Isso é Impossivel.

 Chapeleiro : Só se você acreditar que é.

Alice : Quanto tempo...

dura o que é eterno ?
Coelho : As vezes apenas um segundo .

 

Uma senhora muito pobre

telefonou para um programa  cristão de rádio pedindo ajuda.
Um bruxo do mal que ouvia o programa resolveu pregar-lhe uma peça. Conseguiu seu endereço, chamou seus secretários e ordenou que fizessem uma compra e levassem para a mulher, com a seguinte orientação:
- Quando ela perguntar quem mandou, respondam que foi o DIABO!
Ao chegarem na casa, a mulher os  recebeu com alegria e foi logo
guardando alimentos.
Os secretários do bruxo, conforme a orientação recebida, lhe perguntaram:
- A senhora não quer saber quem lhe enviou estas coisas?
A mulher, na  simplicidade da fé, respondeu:
- Não, meu filho. Não é preciso. Quando Deus manda, até o diabo obedece!

Um homem foi a o barbeiro para cortar o cabelo,

como ele sempre fazia. Começou a conversar com o barbeiro e falaram sobre vários assuntos.
Conversa vai, conversa vêm, eles começaram a falar sobre Deus. O barbeiro disse:
-Eu não acredito que exista como você diz.
-Por que você diz isto? O cliente perguntou.
-Bem, é muito simples. Você só precisa sair na rua para ver que Deus não existe. Se Deus existisse, você acha que existiriam tantas pessoas doentes e crianças abandonadas? Se Deus existisse não haveria dor ou sofrimento. Eu não consigo imaginar que Deus permita todas essas coisas.
O cliente pensou por um momento, mas ele não quis dar uma resposta para evitar uma discussão. O barbeiro terminou o trabalho e o cliente saiu. Neste momento, ele viu um homem na rua com barba e cabelos longos. Parecia que já fazia um bom tempo que ele não cortava o cabelo ou fazia uma barba.
Então o cliente voltou para a barbearia e disse ao barbeiro:
-Sabe de uma coisa os barbeiros não existem.
-Como assim, eles não existem? Perguntou o barbeiro. Eu estou aqui e sou um barbeiro.
-Não! Exclamou o cliente. Eles não existem porque se existissem não existiriam pessoas com barba e cabelos longos, como aquele que esta andando ali na rua.
-Ah, mas barbeiros existem, o que acontece é que as pessoas não me procuram isso é uma opção delas.
-Exatamente afirmou o cliente. E justamente isso. Deus existe. O que acontece é que as pessoas não o procuram, pois isso é uma opção delas, e é por isso que há tanta dor e sofrimento no mundo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Bob Esponja: "Patrick, você tá me ouvindo?"

Patrick: "Não sei, tá muito escuro!"

 

Buck: “Estão ouvindo isso?”

Crash: “O que é?”

Buck: “É o vento falando.”

Eddie: “E o que ele está dizendo?”

Buck: “Não sei. Não falo ventanês.”

(A Era do Gelo 3)

Briga de namoradinhos


Você acha que o seu relacionamento é problemático? Então olha só a briga desse casalzinho.


#Fato

Ela: Você disse que me amava…

Ele: Você se enganou, eu nunca disse isso!
Ela: (Começa a chorar) Foi tudo uma ilusão?
Ele: Você se iludiu quando pensou que eu te amava, mas a culpa não foi minha… Eu não disse exatamente isso.
Ela: O que você disse então?
Ele: (Limpando as lágrimas dela) Eu disse que te amo… Por favor, lhe peço que nunca coloque o meu amor por ti no passado, pois eu pretendo nunca colocá-lo. Eu te amo, muito mais que ontem, muito menos que amanhã!

Na Hora da chamada.


Nerd: presente
Normais: aqui
Popular: Eu!
Silenciosos: levantam a mão
Perdidos: hã? É eu? TÔ AQUI PROFESSOR


"Amar é encontrar na felicidade de outrem a própria felicidade." (Gottfried Leibnitz)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A boneca quebrada

Descia a porta de aço, quando as três chegaram: a mãe, a garotinha e a boneca. A segunda chorava.
O homem dos cabelos completamente brancos suspirou e ainda tentou se esquivar.
- Desculpe, já estou fechando. Abro amanhã às nove.
A mãe encarou a filha com um misto de pesar e compreensão. A filha não se deu por vencida. Estendeu as mãozinhas, mostrando a boneca.
- Por favor… Ela foi mordida pelo meu cachorro. É a minha filhinha. Não posso deixá-la com esse corte na barriga.
O velho acocorou-se com um pouco de dificuldade e tomou a boneca nas mãos. O enchimento de espuma saía pelo corte que ia da barriga até o bracinho de borracha. O braço pendia, seguro apenas por algumas costuras resistentes.
- Ela pode repousar esta noite, com você. Traga-a amanhã e eu prometo que a conserto no mesmo dia, tudo bem?
A menina puxou a boneca de volta e se agarrou a ela. As lágrimas escorreram mais abundantes.
 - Não posso abandoná-la! Ali está escrito “Hospital de Bonecas”. Você devia se preocupar mais com suas pacientes.
A mãe sorriu, discreta. Orgulhava-se da personalidade da pequena.
O artesão baixou a cabeça e se levantou resignado.
- Está certo. Vamos entrar.
Abriu novamente as portas, acendeu as luzes na caixa de força, iluminando toda a loja. Nas prateleiras havia bonecas de todos os tipos, marcas, idades e tamanhos, assim como roupas e acessórios proporcionais a cada uma. Era um espetáculo impressionante, ver todos aqueles olhinhos estáticos brilharem à luz artificial, que permaneciam imóveis em suas expressões congeladas e coloridas.
Dirigiu-se para trás do balcão, repleto de peças para conserto: braços, pernas, olhos, fios de náilon para cabelos, tintas de várias cores diferentes, linhas, agulhas, alicates…
- Vocês duas podem aguardar sentadas nos bancos. Logo eu volto com notícias.
A garotinha permaneceu em pé.
- Importa-se se eu for junto? Ela está com medo, quer que eu segure em sua mão…
- Claro que não. Pode vir.
Os três entraram na oficina, a boneca carinhosamente acomodada nos braços do médico. Ele a estendeu sobre a mesa de trabalho e a imobilizou cuidadosamente na morsa, sob o olhar atento da dona da boneca.
Da prateleira repleta de diferentes tipos de enchimento, escolheu um vidro cheio de espuma e, sentando-se no banquinho sem encosto, começou a preencher o interior da boneca.
- Ela perdeu bastante enchimento. Estou fazendo uma transfusão, tá?
Ela confirmou com a cabeça, com uma expressão muito grave.
- Prontinho, agora é só suturar o corte e o braço e ela estará nova em folha.
O homem pode sentir o suspiro de alívio da garotinha e a viu relaxando os ombros. Ela realmente esteve muito tensa com a situação.
- Minha mãe estava certa. O senhor é o melhor médico de bonecas do mundo. Eu achei que não poderia salvá-la, mas estava errada.
Ele sorriu, grato. Já havia consertado muitas bonecas para a mãe da menina, quando aquela também fora criança.
Arrematou a costura com dois pontos perfeitos e cortou a linha rente ao tecido, com uma tesoura pequena. A menina estendeu-lhe um vestidinho lilás, com rendas.
- Ei, eu ainda não dei alta à paciente…
Os lábios estreitaram-se, num pequeno susto.
- Ela terá que ficar em observação?
Ele riu, pegou o vestido e vestiu a boneca, entregando-a à garota.
- Não. Só estava brincando com você.
Voltaram para o interior da loja, onde a mãe aguardava sentada. ao avistá-los, levantou-se e veio até o balcão, já sacando a carteira da bolsa.
- Fiquei ali, me lembrando de quantas horas de tensão passei sentada naquele mesmo lugar, esperando você reaparecer com minhas bonecas. Todas as vezes eu o imaginava saindo pela porta e me dizendo que daquela vez não teria conserto.
O artesão puxou um grande livro de sob o balcão, onde anotou à mão o nome das clientes, o modelo da boneca e o conserto realizado. Tinha o histórico de cada conserto, ali, para o caso da mesma paciente retornar.
Tomou o dinheiro das mãos da mãe, abriu a caixa registradora antiga e devolveu-lhe o troco.
A garotinha apoiou-se na ponta dos pés, segurando-se na beira do balcão para falar com ele.
- Alguma vez o senhor não conseguiu consertar uma boneca?
Ele parou o movimento de fechar a caixa registradora e seu olhar tornou-se vidrado por alguns segundos. Quando falou, o tom de voz saiu seco e cheio de amargura.
- Sim. Apenas uma vez.
A mãe compreendeu que aquilo despertou alguma lembrança dolorosa e despediu-se depressa, tirando a filha de lá.
O velho então tornou a desligar as luzes e fechar as portas. Subiu as escadas que ficavam exatamente ao lado da loja, entrando em sua casa. Sentia-se mais cansado que o normal.
Atravessou a pequena sala e parou em frente à porta entreaberta, no meio do corredor, para enxugar as lágrimas antes de entrar no quarto que havia sido convertido em uma pequena enfermaria.
Lá estava sua mulher cochilando na poltrona ao lado da cama onde estava sua filha, ligada a diversos aparelhos que mantinham os órgãos funcionando. O quarto estava sufocado pelos bipes monótonos que saíam dos monitores e do som da respiração áspera da mulher paralisada.
Ele se aproximou e tocou-lhe de leve os cabelos, vendo suas pálpebras se abrirem lentamente com o despertar. Ela sorriu para ele.
O velho lhe tocou a testa com os lábios e saiu o mais depressa possível, para que a única boneca que nunca pôde consertar não o visse chorar.

Conversa de duas crianças



— E aí, véio?

— Beleza, cara?

— Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.

— Quer conversar sobre isso?

— É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?

— Como assim?

— Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?

— Nunca.

— Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?

— Como assim, véio?

— Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!

— Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.

— Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.

— Tipo o quê?

— Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!

— Caramba! Mas por que ela fez isso?

— Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.

— Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.

— E sabe a Francisca ali da esquina?

— A Dona Chica? Sei sim.

— Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.

— Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.

— Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe mesmo... Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.

— Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.

— Mas é ruim saber que o casamento deles não está dando certo... Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.

— Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.

— É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo, ela disse que a vizinha cria perereca na gaiola... Já viu... Essa rua só tem doido...

— Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?

— É mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.

sábado, 14 de maio de 2011

Ser cristão é muito louco


Ser cristão é andar na contramão do mundo. Porém, o mundo vicia, Cristo liberta. O mundo contamina, Cristo cura. O mundo é guerra, Jesus é a paz. O mundo é corrupto, Cristo purifica. O mundo acusa, Jesus perdoa. O mundo é ódio, Deus é amor. O mundo é depressão, Deus é alegria.O mundo é frágil, Deus é poder. O caminho do mundo é largo e leva pro o abismo. O caminho de Deus é estreito e leva à vida eterna. Se ser cristão é ser louco. Quero ser o mais aloprado de todos.